quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

a insustentável leveza do ser


A pegada ecológica representa a área de terreno biologicamente produtivo necessário para sustentar o nível de vida actual da população, relativamente à quantidade de recursos necessária para produzir os bens que consumimos e absorver os resíduos que produzimos.

Cada ser vivo necessita de uma quantidade mínima de espaço natural produtivo para sobreviver, mas como o aumento do consumo e da população mundial, o espaço físico terrestre pode não ser o suficiente para nos sustentar.

O planeta Terra tem 12,78 mil milhões de hectares a distribuir pelos aproximadamente 6 mil milhões de habitantes, daria uma média de 2 ha por habitante.

A pegada ecológica efectiva de um europeu é de 4,97 ha. Se os 6 mil milhões vivessem e consumissem como os europeus seriam precisos quase 3 planetas Terra. Em Portugal a pegada ecológica é de 5,1 ha por pessoa.

Quanto mais pequena melhor

  • Priveligie os Transportes Públicos para grandes deslocações;
  • Partilhe as boleias com colegas para o local de trabalho;
  • Opte por viaturas de baixo consumo;
  • Assuma uma política de poupança de água, independentemente de se encontrar em casa, no trabalho ou num local público;
  • Invista em energias renováveis;
  • Opte pela utilização de lâmpadas fluorescentes compactas (ver post);
  • Desligue os electrodomésticos quando ninguém os estivera utilizar (máquina café, ar condicionado, televisão...);
  • Respeite os espaços naturais que visitar;
  • Retome o hábito de ir à praça e ao mercado (para além de ter acesso a produtos mais frescos, estará a fomentar a economia local);
  • Compre um saco resistente e reutilizável para as compras;
  • Reduza na quantidade de embalagens que adquire (escolha produtos duráveis, alimentos avulso ou frescos, com embalagem familiar, simples, de recarga, retornável ou recarregável);
  • Coma menos carne (a produção de carne para consumo é responsável por 18% da emissão de GEE);
  • Evite fazer refeições "fast food" (já reparou nos resíduos produzidos por uma só refeição?);
  • Aproveite os restos de alimentos para fazer compostagem doméstica (reduz na quantidade de lixo e obtém adubo para o seu jardim, quintal ou vasos a custo zero),
  • Vista roupas confeccionadas com materiais biodegradáveis (algodão, lã e latex, por exemplo);
  • Dê uma reutilização solidária a objectos ainda em boas condições, mas que já não usa (roupa, jogos e electrodomésticos, podem ser reencaminhados para familiares, amigos ou Instituições de Solidariedade; livros para uma Biblioteca local; e medicamentos ainda dentro do prazo, para um Hospital);
  • Recicle todo o lixo valorizável que produzir.

go green on Xmas




Para o ajudar a contribuir para um Natal ecológico, a Quercus apresenta alguns conselhos simples que pode levar em conta




- Para a ceia de Natal comece a habituar-se a substituir o bacalhau por outra iguaria; se não consegue mesmo resistir, adquira bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800 ou 900 gr.).

- Adquira uma árvore de Natal natural em vaso, caso possa mantê-la durante o ano; uma outra hipótese é comprar uma árvore artificial (que pode ser reutilizada durante muitos anos) ou então recorra apenas a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sustentabilidade do corte.

- Não vá em modas e tenha cuidado na aquisição dos enfeites de Natal, para que os possa reutilizar por muitos e longos anos. Pode optar por criar os seus próprios enfeites a partir da reciclagem e reutilização de materiais.

- Adquira lâmpadas energeticamente eficientes para reduzir a sua factura energética e ambiental.

- Pense naqueles que não têm possibilidade de oferecer prendas e mesmo de ter uma ceia de Natal; seja solidário com as várias campanhas que habitualmente se desenrolam nesta época.

- Esta é uma época tendencialmente fria; isole bem a sua casa de modo a reduzir os gastos com o aquecimento e também, para poupar recursos.

- Lembre-se que certas espécies animais e vegetais estão em vias de extinção. O azevinho é uma dessas espécies. Não compre azevinho verdadeiro. Existem bonitas imitações artificiais de azevinho que podem ser reutilizadas de uns anos para os outros. Também pode usar a sua própria criatividade.

O Natal e os presentes…

- Reflicta bem sobre as prendas que vai oferecer, a quem vai oferecer e qual a sua utilidade. Privilegie produtos:

a) Duráveis e reparáveis;

b) Educativos, principalmente se estivermos a falar de prendas para os mais pequenos; ofereça produtos que estimulem a inteligência, a criatividade, o respeito entre os povos e pelo ambiente;

c) Inócuos, em termos de substâncias perigosas; por exemplo, se vai oferecer equipamentos eléctricos e electrónicos, informe-se sobre quais as marcas mais seguras aqui: Greenpeace .

d) Que não estejam embalados em excesso ou em embalagens complexas (são mais caros, misturam vários materiais e dificultam a reciclagem);

e) Úteis: é importante privilegiar a oferta de prendas que não sejam colocadas imediatamente na prateleira ou em qualquer baú esquecido no sótão.

- Em caso de dúvida sobre a prenda a oferecer, opte pelos cheque-prenda já disponíveis em inúmeras lojas; são uma garantia de que a sua prenda irá ao encontro das expectativas de quem a recebe.

- Gaste apenas na medida das suas possibilidades. Respeitar os seus limites de endividamento irá permitir-lhe ser mais criterioso nas suas escolhas e, logo, mais sustentável.

- Utilize os transportes públicos nas suas deslocações às compras, ou então, junte-se com amigos ou familiares num mesmo veículo e vão às compras conjuntamente; fica mais barato e sempre pode pedir opiniões quando estiver indeciso.

- Procure levar sacos seus para as compras ou tente utilizar o número mínimo de sacos possível (uma sugestão: ofereça sacos de pano para as compras).

- Adquira produtos nacionais, pois promove a economia portuguesa e reduz o impacte ambiental associado ao transporte dos produtos.

- Se pensar em oferecer um animal de estimação tenha em conta se há condições para ele viver bem e não compre animais selvagens ou em vias de extinção (opte pela adopção de um animal).

- Se optar por oferecer produtos de perfumaria, cosmética ou higiene pessoal tenha o cuidado de escolher aqueles que não fazem testes em animais (procure a lista em http://www.lpda.pt/).

- Muitas vezes temos objectos que já não utilizamos, mas que estão em bom estado. Não os deite fora. Seleccione os que pode oferecer a instituições ou a vendas de Natal ou opte por usara a sua criatividade e criar objectos para oferecer.

Depois do Natal…

- Guarde os laços e o papel de embrulho para que os possa utilizar noutras ocasiões; muitas embalagens, caixas de prendas, papéis de embrulho podem ser utilizados pelas crianças para fazer divertidos objectos, como máscaras, porta canetas, etc.

- Separe todas as embalagens – papel/cartão; plástico; metal – e coloque-as no ecoponto mais próximo, evitando assim os amontoados de lixo que marcam o dia de Natal; este é um bom momento para verificar se foi um cidadão ambientalmente consciente nas suas compras.

- Depois das festas, vêm as limpezas. Procure reduzir a quantidade e perigosidade dos produtos de limpeza que utiliza. Prefira os biodegradáveis e/ou em recargas.

- Não deite as pilhas para o lixo, coloque sempre no pilhão. As pilhas recarregáveis são uma alternativa económica e ecológica.

- Reflicta ao longo do ano sobre a utilidade que foi dada às prendas que ofereceu.

- Mantenha-se solidário com as diversas campanhas que se vão desenrolando ao longo do ano.


in Quercus